quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cai-cai: dom ou enganação?


Precursor da doutrina escreve carta se arrependendo do ato.

 Programa da Rede Record exibe entrevista com ele



Sob o tema “Qual é a diferença?”, bispo Edir Macedo postou um vídeo no blog dele, há alguns meses, que coloca lado a lado ambas as manifestações ocorridas dentro das igrejas- ditas pelos líderes como supostas manifestações divinas- e também nos terreiros de religiões africanas. Desde então, pessoas têm deixado inúmeros comentários na postagem, afirmando terem sido enganadas por esses espíritos e alcançado a libertação pela fé.


“Bispo, desde que nasci vivia na igreja do 'cai- cai', inclusive minha mãe caia, chorava, ria, via as pessoas que caindo e outras pulando, gritando e dizendo que era o Espírito Santo. Porém, essas mesmas pessoas vivem à base de remédios controlados para depressão, e dependem de cestas básicas. Frequentei até os 14 anos, ficava horrorizada. Ainda tenho parentes que frequentam e até discutem sobre o 'cai- cai', mas já tentaram até o suicídio, isso é muito triste”, diz Daina, hoje frequentadora da IURD em Caxias do Sul (RS).


Já Alessandro Alves, de Belo Horizonte, relata que mesmo caindo no chão, acreditando ter recebido o Espírito Santo, pensava em matar a esposa. “Bispo, eu era de outra denominação e lá ministrava o cair pelo espírito, mas meu casamento era um inferno. Já me imaginei descarregando uma arma calibre 38 na cabeça da minha esposa. Além disso, eu fumava e fazia muitas coisas erradas. Hoje sou livre e vivo na presença de Deus, na IURD.” 


De acordo com o bispo Edir Macedo, a intenção de exibir tais vídeos e abordar sobre o assunto, não é de ofender nem atacar os praticantes e os que creem em tais práticas, mas mostrar a verdade contida na Palavra de Deus. “Eu  estou aqui para agradar aquele que me comissionou, que é o meu Senhor Jesus. Se gostam de mim, não importa, uma coisa eu sei: eu não estou colocando esses fatos para jogar pedra em ninguém, mas estamos mostrando a verdade. O vídeo ‘Qual a diferença?’ mostra a semelhança do cai-cai que acontece nas igrejas e o que acontece na bruxaria , quem gosta, gosta, quem não gosta, paciência”, desabafa.


Carta de arrependimento


Um dos precursores do movimento ‘cai- cai’, Paul Gowdy (foto), que após anos atuando como pastor na igreja Vineyard, em Scarborough, Canadá, decidiu sair e alertar a todos a respeito do engano sobre a doutrina decidiu escrever uma carta de arrependimento, como diz o seguinte trecho dela: “Aos que estão no ‘rio’ eu exorto; nadem para fora, existem coisas vivas na água que irão lhe atacar! Amo as pessoas da Igreja Aeroporto e o movimento Vineyard, mas penso que temos muitas contas a prestar; o Senhor lhes abrirá os olhos qualquer dia desses. Imagino que quando esta carta for publicada serei bombardeado por cartas de ambos os lados, alguns me condenando por ainda crer no ministério do Espírito Santo e andando no engano e alguns amigos antigos condenando-me por expor a sujeira ou por ser negativo com respeito à unção do Senhor. Bem, o Senhor conhece meu coração e por sua graça haverá de me guiar a toda verdade, pois quero conhecer a Jesus Cristo o crucificado.” 


O programa Domingo Espetacular, da Rede Record, deste último domingo (13), exibiu uma reportagem sobre o assunto e entrevistou Paul Gowdy. Confira:



Por Cinthia Meibach
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